domingo, 18 de setembro de 2011

Preocupação com o TCC

O desespero está tomando conta de mim, a preocupação com o TCCI e os estágios a onde atendo ao todo doze pacientes vem me consumindo e aliando-se a isso tenho que lidar com a falta de motivação.

Nestas horas é preciso ser responsável, assumir os compromissos e obrigações, mas tenho deixado a desejar quanto a isso.

Na última quinta-feira minha professora me ajudou a montar um cronograma para poder me organizar melhor com o propósito de estabelecer uma rotina para os estudos, pacientes, tcc e também um tempo para mim porque não sou de ferro.

Tenho escrevido pouco porque o tempo é curto e tem me dado “aqueles bloqueios” que impedem de expressar aquilo que estou sentindo.

E como agora estou em época de TCCI, penso que agora começarei a pagar os meus pecados visto que venho encontrando sérias dificuldades para escrever e até porque o meu trabalho é do tipo em que terei que não só pesquisar em livros, artigos e sites, mas precisarei avaliar as pessoas que concordarem em participar da minha pesquisa, pois como o trabalho se refere à saúde vocal dos profissionais que trabalham no rádio, será necessário que eu faça avaliação de voz nos radialistas e observe como estes usam a voz de forma profissional.

Talvez se o trabalho fosse só pesquisar os benefícios dos exercícios vocais para o bom uso da voz quem sabe a situação não seria diferente.

Ando preocupado porque estou atrasado com o TCC, me sinto perdido, sem saber o que fazer e isso me angustia bastante. Um dos problemas é que a minha orientadora não é especialista na área de voz, mas sim de lingüística e motricidade orofacial e se a escolhi para me orientar é porque não tinha outra alternativa. A professora que eu queria para orientadora saiu da universidade porque já não tinha mais nada para fazer e as outras duas estavam “sobrecarregadas”. Com isso sobraram duas professoras, uma é a coordenadora e a outra é especializada em gagueira e neuroaudiologia. Optei pela primeira por ser mais organizada porque como tenho sérios problemas quanto isso, pensei que com esta professora poderia me situar melhor.

Acontece que meu trabalho é voltado para uma área que gosto, mas que tenho pouco domínio que a área voz. Pensar no assunto foi bastante complicado, mas em consenso com a minha coordenadora acabei optando em abordar sobre a saúde vocal dos profissionais que trabalham no rádio.

E para fazer isso terei que avaliar estes profissionais, ou seja, minha pesquisa será de campo.

A minha preferência era de que a pesquisa se desse apenas em livros, artigos e sites.

Então como estou com tantas dúvidas, penso em procurar uma professora que tem domínio na área de voz para quem sabe poder “clarear” um pouco as idéias, pois preciso me “mexer” se não a coisa vai ficar preta.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Lutar e ir até o fim

Há momentos que dá vontade de desistir de tudo e desaparecer e já bati nesta tecla inúmeras vezes, porém há algo maior que faz com que queira ir até fim para ver o que vai dar.

Dizem que quando o ser humano quer algo, ele luta e vai até o fim. E para quem sempre lutou, agora percebo que não estou me esforçando como tem que ser em relação aos estágios e tcc. Se bem que não sou o único que vem reclamando. Esta carga horária é abusiva porque temos doze pacientes nos quais temos que nos preocupar e ainda tem o TCC. Se tivéssemos nove pacientes, quem sabe não seria mais tranquilo.

Comecei escrevendo sobre obstáculos como se fosse mais um daqueles textos de autoajuda que tento escrever, mas acabei desencadeando para a questão do tempo quando reclamo da carga horária. Sinto falta quando tinha um dia livre por semana para relaxar e por em ordem as minhas coisas.

Hoje vivo mais na faculdade do que em casa, passo a maior parte do tempo na Clínica Escola e depois à noite retorno pra casa cansado e "morto" de fome.

No momento que "bato" estas teclas são 20h10min e assim que acabar de escrever me dirigirei pra biblioteca, pois preciso escrever o meu TCC, pesquisar referências e vou dizer mais: quanto a isso me sinto perdido, sem saber o que escrever e o que fazer.

É complicado, porém preciso enxergar que tudo o que passei não foi em vão. Não posso cair, não posso, tenho de ser forte para vencer, pois como diz a música "Tente Outra Vez" do grande Raul Seixas: "se é de batalhas que se vive a vida, tente outra vez".

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Ando sem tempo

O tempo já não me pertence mais, preciso dividi-lo com TCC, pacientes e família. Está sendo complicado conciliar isso tudo, mas acredito em mim, acredito que possa dar conta do recado e vencer os desafios que encontro no momento em minha vida.

Costume dizer sempre que com as dificuldades temos a oportunidade de aprender bastante e de evoluir. Vejo o progresso que fiz de janeiro pra cá quando estava desacreditado, faltando quase vinte cadeiras para me formar e agora estou na reta final faltando apenas dez cadeiras. Eu venci!

Esta semana recebi a devolutiva das avaliações dos professores e eles falaram a mesma coisa, que sou um aluno esforçado e dedicado, porém preciso rever a parte teórica e aliar a teoria com a prática. Teve uma professora que disse que deveria confiar e acreditar mais em mim.

Relacionando isso ao tempo, preciso ter tempo para estudar, preencher prontuários, pensar nas terapias e avaliações que devem ser feitas com os pacientes, pensar no TCC e dar atenção pra minha família.

Esses dias ao chegar em casa encontrei um bilhete de minha madrasta na minha cama no qual dizia que o meu pai havia dito que eu era um pensionista porque só ia para casa pra dormir e comer. Lendo aquelas palavras me indignei e respondi o bilhete. Acho que agora pelo menos fui compreendido.

Tenho tanto com o que me preocupar que me falta tempo até pra respirar e escrever que é algo que gosto bastante de fazer está cada vez mais difícil.

Bem, ainda há muito por fazer e agora vou relaxar porque amanhã tenho locução, domingo irei ao culto e aproveitarei bastante pra rezar.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Que Vontade de Desaparecer

Ontem tive consulta com a psicopedagoga e depois com o psicólogo. Conversei bastante com os dois sobre as dificuldades que venho passando nos estágios, não está sendo nada fácil.

Voltei pra casa após as consultas sentindo-me remobilizado. Sentei diante do computador e fui tratando de fazer o que tinha de pendência. Fiquei tão compenetrado que não olhei o primeiro tempo do jogo do Inter porque estava fazendo as transcrições fonéticas da minha paciente e quando a partida terminou, eram mais ou menos dez para meia noite, me sentei novamente na frente do computador e fiquei até 01h20min da manhã. Sem conseguir terminar o que tinha de pendência, fui pra cama, "morto" de cansado.

Antes de pegar no sono botei o relógio pra despertar as 04h00min da manhã para terminar minhas coisas, porém quando tocou o celular, ajustei para as 05h00min e depois para as 06h30min. É não deu pra terminar a avaliação da minha paciente que deveria entregar hoje para a professora.

Vim pra faculdade e para minha surpresa encontro o meu colega estacionando sua moto. Vou até o seu encontro e ele pergunta se havia aprontado os laudos dos pacientes para a supervisão geral. Quando ele perguntou isso, me deu um pavor, fiquei nervoso e sem saber o que fazer.

Descemos juntos até a entrada do prédio em que estudamos e encontramos uma colega, deixei os dois falando e fui direto para o laboratório de informática.

Precisa pensar no que fazer, mas não tinha idéia alguma a não ser escrever um e-mail para a professora explicando a minha falta e as dificuldades que venho passado.

Mandei o e-mail e depois de algum tempo obtive retorno, a professora pediu que mesmo assim fosse para a supervisão porque não poderia faltar de forma alguma.

Então me dirigi pra clínica escola de fonoaudiologia, só que não conseguia entrar na clínica de jeito nenhum, estava tenso e preocupado. Entrei no banheiro, olhei para o espelho e tentei tomar coragem. A principio deu certo, entrei na clínica, mas ao invés de ir para a sala de reuniões a onde ocorria a supervisão geral, fui direto para a minha sala a onde atendo os pacientes.

Sentei e apoiei os cotovelos na mesa, pensava "e agora?". Tentei ir pra sala de reuniões, mas não consegui, nisso uma colega passou pelo corredor e me viu, entrou na minha sala e expliquei a ela a situação.

Ela sugeriu que pegasse as pastas dos pacientes e tentasse esboçar alguma coisa e a principio concordei com a sugestão, porém sentia-me angustiado demais para pegar quatro pastas de pacientes e elaborar o laudo fonoaudiológico de cada um.

Levantei da cadeira e fui embora. Não deveria ter faltado a esta supervisão, mas se o fiz é porque estava nervoso, preocupado e também constrangido pelo simples fato de todos terem feito os laudos, menos eu. Apenas fiz um laudo que mandei para minha outra colega que atende comigo uma paciente com P.C (Paralisia Cerebral)

Sem saber o que fazer queria apenas sumir e aí fui à livraria conversar com o dono que é amigo do meu pai. Ficamos uma hora mais ou menos conversando até que comecei a entrar gente sem parar e aí acabei saindo.

Minha cabeça estava a mil e a primeira coisa que pensava era fazer a variabilidade de traços distintivos de uma paciente (é o que ela consegue falar e o que não consegue). Depois de muito tempo, acho que entendi como se faz isso. Não terminei agora, porém daqui a pouco concluirei.

Aproveitei o tempo ocioso para organizar as minhas pastas que estavam esculhambadissimas. Pelo menos agora cada coisa está no seu devido lugar.

Hoje é quinta-feira e amanhã é sexta. Pretendo colocar tudo em dia, chega de desorganização. Chega!